DESENVOLVIMENTO GONADAL DA ESPÉCIE EXÓTICA OPSANUS BETA (TELEOSTEI BATRACHOIDIDAE) NO COMPLEXO ESTUARINO DE PARANAGUÁ, PARANÁ, BRASIL.

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Aluno de Iniciação Científica: Vinícius de Saraiva Chagas (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Luís Fernando Fávaro

Colaborador: Jeferson Keiti Nagata

Departamento: Biologia Celular

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20603002


RESUMO

Opsanus beta é uma espécie marinho/estuarina de hábito demersal, tem sua distribuição natural no Atlântico Central Oeste, do Golfo do México até Palm Beach, na Flórida. Os registros da espécie na costa sudeste e sul do Brasil, próximos de zonas portuárias, indicam que é possível que tenha alcançado estas regiões através da água de lastro, sendo exótica no Atlântico Sul Ocidental, podendo representar uma ameaça a fauna local, desestruturando a teia trófica. O presente estudo objetivou caracterizar o desenvolvimento gonadal de fêmeas e machos. As coletas foram mensais no período de out/2011 a set/2012, em fundo rochoso, utilizando espinhéis. Foram coletados 147 fêmeas e 300 machos totalizando 447 exemplares. De cada exemplar foram tomados os dados morfométricos (comprimento e peso totais), as gônadas retiradas e pesadas, sendo algumas destinadas ao processamento histológico. O material processado para histologia foi fixado em Alfac (18 horas), desidratado em série de álcoois, diafanizado em xilol e incluído em parafina, sendo posteriormente cortado na espessura de 7?m e corado com Hematoxilina-Eosina (HE). A análise microscópica das gônadas permitiu evidenciar quatro estádios de desenvolvimento ovariano e cinco de desenvolvimento testicular, de acordo com os tipos e quantidades das células da linhagem germinativa. Fêmeas imaturas não foram obtidas. O padrão de desenvolvimento gonadal é o mesmo apresentado para outros teleósteos. Indivíduos em reprodução foram encontrados durante todo o ano. A desova do tipo parcelada foi caracterizada histologicamente pela presença de gônadas semidesovadas e semiesgotadas. Os resultados obtidos indicam que a espécie tem grandes possibilidades de se tornar invasora, pelas táticas reprodutivas utilizadas: reprodução ocorrendo ao longo de todo o ano.

Palavras-chave: Espécies Invasoras, Desenvolvimento Gonadal, Histologia