REVELANDO PADRÕES DE RIQUEZA E COMPOSIÇÃO DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: HESPERIOIDEA E PAPILIONOIDEA) NO PARANÁ, BRASIL

0274

Aluno de Iniciação Científica: Gabriela Lourenço Leviski (PIBIC/CNPq)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Mirna Martins Casagrande

Co-Orientador: Eduardo Carneiro

Departamento: Zoologia

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20406010


RESUMO

As comunidades de borboletas (Hesperioidea & Papilionoidea) são frequentemente reconhecidas por sua sensível alteração frente a diferentes aspectos ambientais o que as torna um grupo eficaz na determinação de qualidade de hábitat e efeitos antropicos, auxiliando consequentemente na ação de políticas de conservação. Tendo em vista a diversidade geológica, climática e biológica do Paraná, o presente trabalho objetivou reconhecer os padrões de riqueza e composição de borboletas no estado, contribuindo assim para a otimização do seu sistema unidades de conservação. O presente estudo baseou-se em informações de distribuição coligidas durante mais de 70 anos de registros históricos, presentes em coleções entomológicas e em bibliografia. Os registros coligidos foram transformados em mapas cuja distribuição das espécies eram representadas através de cinco diferentes metodologias e três tamanhos de escala, representadas através de quadrículas. Os valores de riqueza e composição obtidos foram correlacionados com esforço amostral, topografia, clima, remanescentes florestais e unidades de conservação. Verificou-se uma distribuição heterogênea da riqueza e da composição ao longo do estado. Independente da escala, a riqueza e a composição se mostraram correlacionadas entre si, apesar de apontarem diferenças sobre seus fatores determinantes. Os padrões de distribuição de borboletas no estado do Paraná se mostram influenciados por fatores tanto fitofisiográficos como climáticos, indicando que alterações nesses fatores devem acarretar em mudanças na distribuição das espécies. Observou-se que as áreas de maior riqueza coincidem com aquelas com o maior tamanho de remanescentes florestais, embora tal correlação não esteja presente para unidades de conservação. Algumas áreas com maiores dissimilaridades de fauna são representadas apenas por pequenos fragmentos desconectados no noroeste. Tais resultados sugerem que o plano atual de unidades de conservação do estado é ineficaz para a manutenção de determinados grupos da fauna, e que implementações visando sua otimização podem ser realizadas em remanescentes desprotegidos.

Palavras-chave: Biodiversidade, Biogeografia, Conservação