ANÁLISE GENOTÓXICA EM HOPLIAS INTERMEDIUS (ERITHRYNIDAE), APÓS CONTAMINAÇÃO TRÓFICA COM CHUMBO II (21 ?G/G) E NANOPARTÍCULA DE DIÓXIDO DE TITÂNIO.

0236

Aluno de Iniciação Científica: Helyandra de Lurdes Schicora Gonçalves (PIBIC/CNPq)

Curso: Ciências Biológicas (N)

Orientador: Marta Margarete Cestari

Colaborador: Taynah Vicari

Departamento: Genética

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20206003


RESUMO

A poluição no ambiente aquático, decorrente da exposição a inúmeras substâncias, causadas pela atividade humana, tem se mostrado nocivos aos organismos que nele habitam. Dessa forma, são de grande importância os estudos para avaliar a genotoxicidade dessas substâncias. O chumbo, metal não essencial, conhecidamente tóxico porém importante em diversas atividades humanas, e os nanomateriais, pouco conhecidos e muito utilizados em produtos como tecidos, cosméticos, protetores solares, materiais de construção, entre outros, foram utilizados neste experimento para serem avaliados quanto a sua genotoxicidade. A realização de bioensaios com a espécie Hoplias intermedius (Erythrinidae), o popular trairão, foram nas concentrações de 0,1µg/g, 1µg/g e 10µg/g de nanopartículas de Dióxido de Titânio e 21µg/g de chumbo II, via trófica, durante um período de 70 dias (14 ciclos de alimentação). Com o objetivo de verificar possíveis efeitos e consequências no material genético destes peixes, a análise foi realizada através dos biomarcadores genéticos ensaio cometa e teste de micronúcleo písceo, com contagens de 100 núcleóides e 2000 células, respectivamente. A análise estatística utilizada foi o teste de Kruskal-Wallis para dados não paramétricos, seguido pelo teste de Student Newman Keuls, com nível de significância de 5% (p<0,05). O resultado obtido para o ensaio cometa com tecido renal demonstrou diferenças significativas entre os grupos controle negativo, controle positivo, e as três concentrações conjugadas de nanopartículas de Dióxido de Titânio com chumbo II (p=0,0374). Para o teste de micronúcleo písceo, quanto ao total de alterações morfológicas nucleares, não demonstrou diferença significativa entre os grupos, porém ao analisar as alterações morfológicas separadamente, a alteração notched, quando comparada aos grupos controle negativo, controle positivo, e as três concentrações conjugadas de nanopartículas de Dióxido de Titânio com chumbo II, houve diferença significativa apresentando um p=0,0115, demonstrando então possíveis efeitos genotóxicos à exposição aos contaminantes.

Palavras-chave: Dióxido de Titânio, Peixes, Genotoxicidade