AVALIAÇÃO DE TRANSFORMANTES DE PHYLLOSTICTA CITRICARPA E INDUÇÃO DE SINTOMAS PARA ESTUDO DA EPIDEMIOLOGIA DA MANCHA PRETA DOS CITROS

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Aluno de Iniciação Científica: Desirrê Alexia Lourenço Petters (PIBIC/CNPq)

Curso: Ciências Biológicas (M)

Orientador: Chirlei Glienke

Colaborador: Eduardo Henrique Goulin, Camila da Costa Senkiv

Departamento: Genética

Setor: Setor de Ciências Biológicas

Área de Conhecimento: 20202008


RESUMO

A Mancha Preta dos Citros (MPC), causada pelo patógeno Phyllosticta citricarpa, é uma doença que acomete várias espécies de citros importantes economicamente, trazendo grandes prejuízos e problemas aos produtores, principalmente devido à grande dificuldade de ser controlada e/ou erradicada. Disseminada por meio de mudas, restos de material vegetal, água da chuva e vento, a doença só acomete a parte externa dos frutos, de modo que não provoca alterações no sabor, permitindo que os frutos sejam utilizados para fabricação de sucos. Entretanto, para o mercado de fruta fresca, há uma perda, uma vez que a aparência dos frutos é bastante prejudicada. Além dos gastos com o custo de produção, para impedir a disseminação do patógeno, a exportação dos frutos também é afetada, uma vez que barreiras fitossanitárias impedem a entrada dos mesmos em locais livres da doença. Sendo assim, verifica-se então a importância de estudos para caracterizar este microrganismo, seja sobre de a distribuição geográfica ou epidemiologia e ciclo de vida. Com informações mais específicas, é possível melhor orientar as atividades realizadas para controlar a disseminação do microrganismo quanto permitir que locais livres da doença possam destinar seus frutos à exportação. Uma estratégia que permite obter informações genéticas sobre os mecanismos de patogenicidade do microrganismo é a agrotransformação. Através dela, é possível inserir no genoma do patógeno um fragmento exógeno de DNA, contendo um gene de interesse. No presente caso, foi inserido um fragmento que permite que o patógeno expresse resistência ao glifosinato de amônio e também expresse a proteína verde fluorescente (GFP). Existindo então estes transformantes, as atividades desenvolvidas envolveram a manutenção destas linhagens, caracterização com relação ao crescimento micelial e esporulação, e realização de testes de indução de sintomas em frutos destacados, com e sem injúria. Observando as diferenças de comportamento dos transformantes quando comparados à linhagem selvagem, pode-se inferir possíveis alterações que tenham surgido pela inserção do fragmento em algum gene ou região envolvida em um processo metabólico, orientando novos focos de investigação, de modo a descobrir as sequências de DNA das regiões envolvidas nestes processos.

Palavras-chave: Agrotransformação, Indução de Sintomas, Crescimento Micelial