AVALIAÇÃO OXIDATIVA DO ÓLEO RESIDUAL E BIODIESEL DURANTE A ESTOCAGEM

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Aluno de Iniciação Científica: Gabriela Menegon Buosi (PIBIC/UFPR-TN)

Curso: Tecnologia em Biocombustíveis - Palotina (N)

Orientador: Maria Cristina Milinsk

Colaborador: Glaucio José Gomes

Departamento: Campus Palotina

Setor: Campus Palotina

Área de Conhecimento: 10604006


RESUMO

Dentro da produção de biodiesel, os óleos residuais têm sido foco de estudos por ser uma matéria prima de baixo custo de obtenção e por serem resíduos causadores de problemas tanto econômicos quanto ambientais. O biodiesel apresenta inúmeras vantagens quando comparado ao diesel, tais como: ser menos poluente, apresentar menor toxicidade e possuir caráter biodegradável. Para ser comercializado no país o biodiesel deve atender as especificações estabelecidas pela Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombustíveis (ANP). No entanto, devido à presença dos ácidos graxos insaturados na matéria prima, o biodiesel torna-se suscetível a sofrer reações oxidativas que podem alterar sua composição e consequentemente, deixar de atender as especificações da ANP durante o armazenamento. Nesse contexto, existem vários estudos que avaliam a formação desses compostos indesejáveis provenientes de reações hidrolíticas e oxidativas ao longo do tempo de estocagem. Assim, o objetivo deste estudo foi de obtenção de biodiesel a partir de óleo residual e avaliar o processo oxidativo ao longo do tempo de estocagem utilizando métodos de análises clássicas empregadas aos óleos vegetais, tais como índice de acidez, peróxido e extinção específica na região do ultravioleta. A reação de transesterificação foi realizada a temperatura ambiente, utilizando catálise básica e etanol. Após a obtenção do biodiesel o mesmo foi armazenado em frasco âmbar para posteriores análises. As análises foram realizadas a cada quinze dias em um intervalo de seis meses. Os resultados obtidos demonstraram que o biodiesel quando estocado por um determinado tempo apresentam compostos oriundos de processos oxidativos bem como um aumento de viscosidade. Este fato pode estar relacionado com a presença de ácidos graxos insaturados, uma vez que as duplas ligações são mais suscetíveis ao processo de oxidação. Estes fatores podem ainda aumentar a presença de ácidos graxos livres e diminuir a qualidade do biocombustível. Assim, para a produção de biodiesel torna-se importante conhecer o perfil em ácidos graxos na matéria prima empregada para assegurar a qualidade do produto final bem como avaliar a necessidade do uso de aditivos a fim de reduzir a formação de compostos oxidados.

Palavras-chave: Óleo Residual, Biodiesel, Avaliação Oxidativa